conversando com irene

domingo, 28 de outubro de 2012




A Paixão & Ascensão de FU.

(Obs.:  "Fu", é uma redução de "Fumiga", a forma como geralmente crianças de pouca idade falam a palavra formiga.)
  



Seguindo uma após a outra numa trilha infindável, iam todas laboriosas formigas do formigueiro ao pé de rosas,  do pé de rosas ao formigueiro, sem parar...
Corta daqui, carrega dali, mas uma formiguinha no final da fila para, senta no chão seu popôzinho preto e se põe a chorar.
_Que novidades são essas, "Fu"? Levanta logo desse chão e volta ao trabalho! Há muita coisa a fazer!...
A formiguinha então diz: 
_Sou filhotinho,... Não vê?!!! Será que preciso mostrar o meu bilauzinho? Na lei dos homens criança não pode ser explorada com trabalhos forçados.
_Não me venha com invenções de cigarra "Fu", nós não vivemos uma fábula... Isso aqui é vida real. Temos que armazenar alimento para o inverno... Anda! Anda!
_Inverno! Ainda está tão longe! E eu estou tão cansado!!!
_ Mas para poder descansar no inverno, temos que trabalhar agora! Vamos, seu preguiçoso!
"Fu" então  levantou-se do chão, com os olhinhos infantis de formiguinha cheios de lágrimas, pegou o pedaço de folha que tinha aproximadamente 50 vezes o seu peso e saiu cambaleando em direção ao formigueiro. Foi e voltou tantas vezes que ainda o sol mal  chegara ao castigado pé de rosas, "Fu"  desmaiou caindo de seu caule devido ao esforço demasiado, quase morrendo com o impacto no chão!
"Fu" teve febre, delirou, sonhou que estava no paraíso e lá era cheio de coisinhas doces e deliciosas... Sonhou em seu delírio com os pais que perdera numa chuva inesperada, "Fu" sonhava em criar asas...
Enquanto delirava em sua febre, as outras formigas que o socorriam questionavam com o chefe:
_Até quando vamos viver assim? Esse filhote não era para estar na escola, aprendendo os princípios de nossa sociedade? Desde quando saímos de uma relação socialista para uma de total capitalismo, de formiga sendo o lobo da formiga?
_Não bastam as chuvas repentinas?_ Fala uma formiga revoltada daqui.
_Não bastam as secas prolongadas que eliminam nosso alimento? _Continua outra de lá.
_É verdade... Não bastam os pesticidas, os inseticidas dos humanos? Temos nós mesmos que torturar nossos filhotes? _Dizia outra formiga.
_Por que temos que aceitar isso, se nem os humanos, que são imperfeitos e cruéis não aceitam, e fazem leis contra? Conjecturam entre si, e no formigueiro inicia-se uma revolução...
Foi tanta a confusão que no resto do dia, as formigas trabalhadeiras fizeram greve, independente do chefe as ameaçar, eram muitas e ele apenas um. 
A revolução foi tamanha que já não dava àquele chefe o poder absoluto, sua palavra não era mais a única lei, as formigas operárias criaram cooperativas, organizaram o SINFORT (Sindicato das Formigas Trabalhadoras). Criaram creches, escolas, leis que regularizavam os direitos e deveres das formigas trabalhadoras...
Tudo isso no período da primavera ao inverno. E enfim, o inverno chegou, o formigueiro tinha ordem, mas não tinha alimentos.
"Fu" cresceu e não tendo porque permanecer ali onde tanto sofreu, partiu para tentar um futuro diferente. Encontrou uma cigarrinha cantora por quem se apaixonou  perdidamente, e hoje vivem felizes fazendo shows em casas noturnas... 

                                                                                                                                                                    Fim!!!



Irene Cristina  Dos Santos Costa  - Nina Costa, 17/10/2012



domingo, 8 de abril de 2012

Se consumou...





ELE estava lá na cruz:
Pregado, humilhado, maltratato.
Um corpo marcado, ferido, moído
Tendo em si o peso das nossas transgressões
Um suspiro e tudo se consumou...

Olhavam a triste cena:
De um lado o ladrão que naquele mesmo dia
Estaria com ELE no Paraíso,
Do outro lado o ladrão que não o reconheceu.
Aos pés da cruz de alma rasgada, Maria, a mulher que o concebeu,
Madalena, a prostituta que se arrependeu,
O soldado que vendo o véu se rasgar se converteu.
Ao longe, comemorando seu intento, os injustos farizeus,
Judas Iscariotes e  trinta moedas manchadas de sangue inocente,
Pedro que O renegou três vezes,
Mateus que rasgando suas vestes, pela sua dor,
Os outros apóstolos que se esconderam temendo a mesma sorte,
Alguns do povo faminto, doente, miserável, desprovido, que ELE abençoou.
De seu palácio, Pilatos, que se omitiu lavando as mãos,
E a esposa dele que dizia: "Condenas à morte um Inocente Judeu..."
E uma multidão de furiosos acusadores que a ELE condenou.
Bem perto dali,  satanás achando que enfim vencera.
Nas alturas os anjos sofrendo ao ver JESUS entregue à morte,
No trono, o DEUS onipotente pelo  unigênito, lágrima verteu...
Então houve eclipse  e copiosa chuva se deu...
Houve  trevas e tremor de terra  na dor de DEUS...
Os túmulos se abriram... Os mortos se levantaram...
A alma do Messias desceu à mansão dos mortos
Falou as novidades do Reino do PAI
Aos que lá estavam sem ter tido um encontro com ELE,
Arrancou do diabo a chave da morte e voltou em vitória,
Subiu ao céus em glória porque muito amou...

Amou o órfão, o doente, o renegado, o marginalizado,
Àquele que ninguém quis, à escória do mundo, Ele amou...
Amou além da dor, além das aparências,
Além das condições humanas e sobre humanas
Num sacrifício sagrado que por nós deixou...

Hoje, olho para o céu, levanto as mãos em prece
E agradeço SENHOR JESUS...
Porque há mais de dois mil anos,...
Antes mesmo de eu pensar em existir,
Fizeste tão grandioso sacrifício por todos nós,
Mostrando-nos o caminho de volta ao PAI
Em seu calvário deu-nos a vitória, deixando-nos pra sempre o símbolo da cruz...

Ressuscita meu JESUS, hoje e sempre em mim.
Arrancando-me do abismo da morte, do fundo do  meu eu, de todo meu pecado...


Irene Cristina dos Santos Costa - Nina Costa, 07/04/2012



Nina Costa
Enviado por Nina Costa em 08/04/2012
Reeditado em 08/04/2012
Código do texto: T3600348

sábado, 11 de fevereiro de 2012

O  Amor
 Ele vem de mansinho
Destilando carinho
 E sedução
Como é bom quando ele vem
 Pintado de estrela
 Cingido de sonhos
 Com o cheiro do luar entranhado na pele

 E cobre a nudez da alma carente
 E sorve os beijos
 Se faz todo meu
 Quando se vai, deixa o gosto
 Dos carinhos seus...

Irene Cristina dos Santos costa - Nina Costa , 11/02/2012