conversando com irene

sábado, 13 de novembro de 2010

CONFISSÃO

CONFISSÃO
(Irene Cristina dos Santos Costa)

Não sei se o conheci cedo ou tarde demais
Apenas não queria que fosse esse o momento
De dar-lhe simplesmente um adeus
nem tudo, na verdade, é como se espera
Não queria parecer tão desalmada
Nem implacável juíza desse evento

Porém já coloquei a julgamento rasgada e nua
Minh'alma, minha culpa e sentimento.
Não sou pessoa fácil de ser amada
quem me ama sabe que é difícil e permanente

Lhe dou aqui e agora apenas isso
Um simples e puro depoimento
E o emprego em defesa e julgamento
Que julgue sem sentido minha queixa
que avalie sem nexo o meu lamento

Mas lembre-se em pura e sã consciência
Julguei-o mal por amor e por carência
Amor por não furtar-me dar-lhe sem medidas
Carência por querer-me amada na mesma proporção

Eu sei, a vida não é via de mão dupla
Mas fala isso pro meu tolo coração
Ele dirá assim com complacência
Bem que avisei você de antemão