conversando com irene

sábado, 26 de junho de 2010

(Re)Encontro

Escrevi em homenagem ao querido amigo Laurídio Coque... é singelo , simples e sem maiores pretenções, são palavras de uma amiga já saudosa...

(Re)Encontro

Contam se as horas, os minutos ... espera-se a chegada
O súbito encontro ... o encanto, os contos
Amizade antiga recente amiga
Uma longa espera, uma vida
Cheguei, chegaste tão rápida a saída
E vinhas sorridente e sorridente eu vinha
E vinhas tão contente e tão contente eu vinha
E fostes tão fremente e gente então sorria
Há! Que bom que a eternidade fica entre a gente
E esse momento sempre renova-se a cada dia
E assim novamente
Contam-se as horas, os minutos ... o retorno ainda
Cada partida é prenuncio de outra chegada
E gente se acostuma a querer outra vez...
(Irene Cristina dos Santos Costa, Mimoso do Sul, 26/06/ 2010)

quarta-feira, 9 de junho de 2010

ENLEIO

Um dia de sol e uma brisa amena, iniciando como qualquer outro dia de sol e brisa amena,... Era para ser, na realidadeexatamente assim: um dia comum, como todos os outros de minha rotina cotidiana se não fosse o fato de eu encontrá-lo inesperadamente naquele restaurante e, sabe-se lá por que ironia destino, ter cruzado olhares de soslaio, meio sem querer, com você.
Depois, encontrando um amigo em comum, o usamos como desculpa e meio de mantermos uma conversa de dois estranhos que se conhecem há uma eternidade mesmo tendo se encontrado há apenas alguns minutos.
Acho que é assim que as almas que se amam se integram, porque ilimitadas da matéria, elas se encontram e se reconhecem primeiro, antes que o cérebro e o coração saibam, e, ao encontro das almas enamoradas, inibidas pelo pudor que a matéria impõe, elas se intimidam e se tocam em olhares furtivos e insistentes, por mais que o cérebro diga: "É engano seu, coração!", "Vocês nem se conhecem!", e por mais que o coração se descompasse em desassossego de emoções confusas, a alma enamorada burla a vigilância da razão, vence a timidez do coração e rouba fagulhas da outra alma com toque dos olhos.
Foi assim nosso primeiro encontro, nossa primeira conversa, nossos primeiros olhares,... nossas almas se tocavam e se amavam, independente da confusão do coração, e da inflexibilidade da razão. E a alma se impôs pedindo uma chance de mostrar que estava certa: “sim, é ele o seu amor!” e ela fez o corpo encher-se de luminosidade, e seu coração de alegria, o amor trouxe novidades para os dias, mesmo sem a certeza racional de ser amada, porque a alma sabe e se reconhece na outra alma.