conversando com irene

domingo, 21 de fevereiro de 2010

A ARTE DE SER FELIZ (um belo texto da grande Cecília Meireles)

A ARTE DE SER FELIZ

Houve um tempo em que a minha janela se abria para um chalé. Na ponta do chalé brilhava um grande ovo de louça azul. Nesse ovo costumava pousar um pombo branco. Ora, nos
dias límpidos, quando o céu ficava da mesma cor do ovo de louça, o pombo parecia pousado no ar. Eu era criança, achava essa ilusão maravilhosa e sentia-me completamente feliz.

Houve um tempo em que a minha janela dava para um canal. No canal oscilava um barco. Um barco carregado de flores. Para onde iam aquelas flores? Quem as comprava? Em que jarra, em que sala, diante de quem brilhariam, na sua breve existência? E que mãos as tinham criado? E que pessoas iam sorrir de alegria ao recebê-las? Eu não era mais criança, porém a minha alma ficava completamente feliz.

Houve um tempo em que minha janela se abria para um terreiro, onde uma vasta mangueira alargava sua copa redonda. À sombra da árvore, numa esteira, passava quase todo o dia sentada uma mulher, cercada de crianças. E contava histórias. Eu não podia ouvir, da altura da janela; e mesmo que a ouvisse, não a entenderia, porque isso foi muito longe, num idioma difícil. Mas as crianças tinham tal expressão no rosto, a às vezes faziam com as mãos arabescos tão compreensíveis, que eu participava do auditório, imaginava os assuntos e suas peripécias e me sentia completamente feliz.

Houve um tempo em que a minha janela se abria sobre uma cidade que parecia feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim seco. Era uma época de estiagem, de terra
esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre homem com um balde e em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma regra: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.

Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas e
outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.
Cecília Meireles

Relação da proposta educativa freiriana aos princípios da educação ambiental.

Paulo Freire, em sua teoria construtivista, propõe a construção dos saberes na relação e interação entre os sujeitos, com o educador agindo como intermediador, onde os conhecimentos e ações e interações fazem parte de uma construção contínua e dinâmica.
Relacionando essa visão freiriana ao contexto instaurado pela Conferência de Tbilisi, de 1977, pode-se afirmar que os princípios estão intimamente interligados, uma vez que o tratado busca Sociedades Sustentáveis e de Responsabilidade Global, ou seja, o homem , como cidadão do mundo, é responsável pelo equilíbrio deste.
Cabe ao educador ambiental, realizar a problematização e contextualização da realidade local no micro universo do educando para o universal (macro) trazendo questões que sejam vivenciadas e reelaboradas pelos educandos e que resultem em mudanças consideráveis de pensamento e atitudes.
Se, segundo os princípios do tratado, a educação ambiental é um processo dinâmico e em construção, aproximando à teoria freiriana, pode-se dizer que das relações entre os sujeitos (cidadãos conscientes de seu papel enquanto seres dependentes do meio ambiente e co-responsáveis pelo equilíbrio do mesmo), se criam novos e importantes saberes, toma-se novas e pungentes decisões e se estabelecem ações em função de um mundo equilibrado e sustentável.
Talvez alguns achem que isso seja mera utopia, mas a construção de uma realidade passa primeiro pelo nível do sonho (ou das ideias, como diria Platão) e se as políticas sociais visam a cunstrução desses novos ideais, cabe ao educador ambiental, fazer a intervenção entre os sujeitos, e proporcionar um espaço de ações e interaçãos capazes de motivar novas posturas e novas visões, lembrando-se que a sustentabilidade não é uma opção de vida, mas uma necessidade de existencia presente, com reflexos futuros.

IMAGEM (Poesia de Irene Cristina)

Imagem megamI



"Quando quiser se ver no espelho, olhe para mim..."



-Menino!
Onde estás?
Ainda escondido atrás do espelho?
Por que temes conhecer a Lua,
Se ela está pronta pra te enluarar?...
-Menino, não temas,...
Tua castidade sob um véu d'estrelas
Repugna Vênus, indignada.
Ponha-te na frente desse teu espelho
Mira-me nos olhos refletindo os teus
E me tenhas,...
Por que, menino?
Narcizo algum consegue ser feliz
Sem sua própria imagem
Para adorar...
(Irene Cristina dos Santos Costa)

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

ADORAÇÃO (Por Irene Cristina dos Santos Costa)

ADORAÇÃO
(Irene Cristina dos Santos Costa)

NO TEMPLO DO TEMPO
NO SABOR DAS DELÍCIAS
GUARDEI AS RELÍQUIAS DESSE NOSSO AMOR
TESOURO VALIOSO DE CONQUISTAS SANTAS
POSTO EM OFERTÓRIO AOS CARINHOS TEUS
NUM CÁLICE DE VINHO DERRAMADO AO CEIO ONDE EU PUDESSE ME EMBRIAGAR
ESPALHEI TODOS OS DEVANEIOS PRA ME LIBERTAR
NUMA URNA D'OURO E PEDRAS PRECIOSAS,
PUS SOBRE UM ALTAR TODOS OS GEMIDOS INSCRITOS EM NÓS
RETIREI-LHE O MANTO
O VÉU
ADOREI TUA IMAGEM NUA A MINHA FRENTE
E ARREBATADO POR ESSE DESEJO
ADOREI VOCÊ
E ENTREI NO PARAÍSO...

OPINIÃO : AMOR & TRAIÇÃO (por Laurídio Coque)

BOM DIA, INSPIRADA E INSPIRADORA POETISA!
PARABÉNS, PARABÉNS, PARABÉNS PELO BELO TEXTO "AMOR E TRAIÇÃO"!!!

Sem sombra de dúvida eu o assinaria, pois vem ao encontro de tudo que penso sobre o Amor... Sempre vi e vivi o Amor como o mais puro dos sentimentos, e, dessa forma, dele só admito como frutos, alegria, prazer, pureza, carinho, respeito, beleza... dele não reconheço sofrimento ou tristeza... pois nesse caso, entendo que ele não esteja mais presente.
O Amor não pode gerar 'contrato de posse', 'escritura de propriedade', prisões, correntes, grades ou grilhões... O Amor não pode ser um sentimento em que apenas um ame, e o outro sofra e seja escravo ou prisioneiro... tem que ser uma via de mão dupla, recíproca, em que Ele transite livremente e que haja retorno... de forma que os protagonistas se encontrem constantemente e exerçam e demonstrem livremente a força do que sentem um pelo outro, através de gestos de carinho, respeito, confiança, cumplicidade, companheirismo, compreensão... que resultarão com certeza na união de corpos
que levam à atração, ao desejo, à volúpia, que despertam a libido e conduzem aos toques, às carícias e finalmente ao sexo numa explosão de prazer e gozo que, longe de ser pecado, é divino, pois foi criado por DEUS...

Amor não escraviza... liberta!!!
Laurídio Coque

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Amor & Traição

AMOR & TRAIÇÃO
Por Irene Cristina dos Santos Costa


Soneto de Fidelidade
Vinícius de Moraes

”De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

(...)”


O sentimento romântico de posse do outro(a), leva o ser humano a crer que aquela criatura amada nunca vai se interessar por outra pessoa, que os seus olhos nunca vão pousar sobre as formas de outro corpo com desejo e paixão, que seu coração nunca vai palpitar em sobressalto pela juventude e frescor de uma ninfeta ou de um belo rapaz ou pelo carinho, atenção e maturidade de uma mulher ou de um homem mais maduro e experiente...
E mais, acredita-se que a pessoa amada tem a obrigação de ser fiel, portanto, não é necessário “tratar” abertamente esse tema tão real na atualidade e tão antigo no ceio da família.
A ilusão de que isso nunca vai acontecer “comigo” elimina o medo e anestesia o relacionamento, desenvolve-se assim um campo de conforto onde impera a certeza de que o rumo do relacionamento depende única e exclusivamente do outro e onde a rotina vai minando aos poucos as chances de evitar a destruição do amor entre os pares.
Porém o que se vê, no entanto são relacionamentos, até mesmo, em alguns casos, de longos anos de convivência, desmoronando mediante a aparição de um terceiro elemento - o(a) amante.
Como se afirma no título da peça teatral de Miguel Falabela – “Trair e coçar é só começar”, mas a traição, olhando sob uma óptica mais ampla, não se define apenas em o fato de o esposo, a esposa, namorado, namorada estabelecer um contato emocional e/ou físico com alguém que se inclui entre eles. A traição começa no café da manhã quando não se deseja mais sequer um bom dia para o ente querido, quando o beijo de despedidas no portão entra em desuso, quando se esquece de reconquistar cotidianamente a mesma pessoa em eterna novidade. A comichão, a coceira é sintoma de uma alergia, de uma intoxicação, não é a causa, mas o efeito de um problema silencioso que explode na pele, na respiração, no corpo enfim.
Assim é também a traição, ela não é a causa, mas efeito de pequenos desastres cotidianos que não são levados em relevância, uma vez que aquela pessoa que está ao lado já é de posse de quem a ama, e que quem ama, o possuidor, não imagina que de repente pode acontecer de alguém aparecer e levar o objeto de sua posse.
É necessário enxergar as pequenas tragédias do dia a dia, e dessa forma, evitar a tragédia maior, que se resume não na separação, mas na dor fremente da perda de quem se ama, na solidão visceral de se perder do outro no percurso de uma caminhada à dois. “Não é bom que o homem viva só” e a solidão é fruto podre da traição, porque quando o homem (diga-se homem no sentido de humanidade) trai aquele(a) a quem supostamente ama, na verdade, está traindo a si mesmo(a), uma vez que junto a pessoa amada forma uma só carne.

PAI (Autor desconhecido - por Claudia Maderi)

Pai
Toma minhas mãos, que são parte da obra que Tu assinaste: eu mesmo.
Olha as linhas que são os traços do meu destino
e reforma-as na medida do meu merecimento.
Olha minhas digitais que indicam não haver ninguém igual a mim ,
o que prova a Tua originalidade ...
... examina-as e julga os crimes que porventura eu tenha cometido.

Pai
Vê nas minhas mãos o histórico das minhas doações
e até que ponto elas foram válidas.
Vê também o histórico de tudo o que recebi
e julga se sou suficientemente grato.
.
Pai
Nas minhas mãos estão as marcas dos serviços prestados ...
vê se trabalhei e tenho trabalhado da forma que Tu aprovas.
Vê quantos foram os toques de afeto
e de agressão e apresenta-me o saldo.
Julga as palavras escritas em meu diário
de alegrias e de aflições.

Pai
Vê os apertos de mãos que já dei,
os acenos de adeus e os sinais de 'sim' e de 'não'.
Estão sob Teu juízo minha honestidade e minhas dores.

Pai
Toma minhas mãos ...
Sente como se através delas o meu coração falasse.
Diz se posso olhar-Te nos olhos
ou com elas esconder a minha face.

Amém
(autor desconhecido)

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

JANELAS ABERTAS ( um pouco de poesia)

JANELAS ABERTAS
Por: Irene Cristina dos Santos Costa

A primeira vez em que foram abertas as janelas,...
Em que o primeiro raio do sol visitou meu quarto
e enfebresceu meu corpo
Transpirei gotículas de sonhos,
Inspirei odores da vida lá fora
Senti que poderia subir no parapeito
Estender minhas asas
E voar...

A segunda vez em que foram abertas...
Quando o hálito morno da tarde se emaranhou em meus cabelos
e assoviou em meus ouvidos antigas canções
Pensei que poderia ulular de uma quimera a outra
E revisitar a Inocência ainda menina...

A terceira vez...
Quando o esguio olhar da Lua refletido no espelho
desceu do pescoço ao colo
E as lascivas mãos das estrelas lésbicas
penetraram minha camisola
Acordei sentindo frias volúpias de sensações jamais sentidas
Guardei no criado mudo minhas aniquiladas asas
Fechei as janelas
E dormi...

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

QUEM SERÁ SALVO

QUEM SERÁ SALVO ?
Por: Luiz Armando Alves

A palavra de Deus diz " quem crer e for batizado será salvo”(Marcos 16.16). A palavra de Deus também diz " nem todo aquele que me diz Senhor, Senhor, entrará no Reino dos Céus, más apenas aquele que faz a vontade de Meu Pai que está nos céus” (Mateus 7.21), portanto, é preciso fazer a vontade do PAI.

QUAL É A VONTADE DO PAI?

"Ame o seu próximo como a si mesmo” (Mateus 22.39b)
"Não julguem, e vocês não serão julgados. Não condenem, e não serão condenados. Perdoem, e serão perdoados. Dêem, e lhes será dado: uma boa medida, calcada, sacudida e transbordante será dada a vocês. Pois a medida que usarem também será usada para medir vocês.” (Lucas6.37,38)
Existem muitos que cumprem as doutrinas ou “leis " da igreja que frequentam, e acabam acreditando que com isso são mais "santos" que outros de outras igrejas; então eu pergunto:

O QUE SALVA O HOMEM É A IGREJA?

E a palavra de DEUS responde:
“Desejo misericórdia, não sacrifícios.”(Mateus 12.7b)
“Sabemos que a lei é boa, se alguém a usa de maneira adequada. Também sabemos que ela não é feita para os justos.”(I Timótio 1.8,9ª)

Quando você faz tudo aquilo que a doutrina ou “lei " da sua igreja manda, você é mais filho de Deus ou mais cristão do que aquele que " não faz exatamente tudo"?
"Deus não julga pela aparência.”(Gálatas 2.6b)
"Vocês observam apenas as aparências das coisas.” (II Coríntios 10.7ª)
"Para que tenham ao que responder aos que se vangloriam das aparências e não do que esta no coração.” (II Coríntios 5.12b)
"Pois sustentamos que o homem é justificado pela fé, independente da obediência da lei.” (Rom 3.28)
Não quero aqui dizer que cada um pode agir a bel prazer.
“Tudo é permitido, más nem tudo convém. Tudo é permitido, más nem tudo edifica.” (I Coríntios 10.23)
É claro que deve-se ter consciência daquilo que se faz, " Assim, em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam; pois esta é a lei e os profetas.” (Mateus 7.12)
"Fujam da imoralidade sexual. Todos os outros pecados que alguém comete, fora do corpo os comete; más quem peca sexualmente, peca contra o seu próprio corpo.” (I Coríntios 6.18)
"Vocês não sabem que os perversos não herdarão o Reino de Deus? Não se deixem enganar: nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem homossexual passivo ou ativo, nem ladrões, nem avarentos, nem alcoólatras, nem caluniadores, nem trapaceiros herdarão o Reino de Deus.” (I Coríntios 6.9,10)
Os ensinamentos de Jesus com relação a salvação são muitos, cabe a cada um de nós buscar segui-los com determinação e desejo no coração de satisfazer ao SENHOR.
É claro que por sermos carne, estaremos sujeitos a cometer erros, só não devemos usar isso como desculpa.

ALGUNS DIRÃO: " Não manuseie!, não prove!, não toque!. Todas essas coisas estão destinadas a perecer pelo uso, pois se baseiam em mandamentos e ensinos humanos. Essas regras têm, de fato, aparência de sabedoria, com sua pretensa religiosidade, falsa humildade e severidade com o corpo, más não têm valor algum para refrear os impulsos da carne.”- (Colossenses 2.21-23)
Não quero confundir ninguém, muito pelo contrário, quero que as pessoas pensem um pouco mais no que diz a palavra de Deus, e não, no que dizem os homens.


TODOS NÓS SEREMOS JULGADOS PELO QUE FALARMOS, PENSARMOS E FIZERMOS
"Deus retribuirá a cada um conforme o seu procedimento.” (Romanos 2.6)
"Por esse motivo eu lhes digo: Todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens, más a blasfêmia contra o ESPÍRITO SANTO não será perdoada.” (Mateus 12.31)

COMO VOCÊ SE VÊ E VÊ OS OUTROS ASUA VOLTA?

“Os olhos são a candeia do corpo. Se os seus olhos forem bons, todo o seu corpo será cheio de luz. Más se os seus olhos forem maus, todo o seu corpo será cheio de trevas. Portanto, se a luz que está dentro de você são trevas, que tremendas trevas são!” (Mateus 6.22-23)
*** PELO AMOR DE DEUS ***, “Assim, aquele que julga estar firme, cuide-se para que não caia.” (I Coríntios 10.12)
“O Espírito da a vida, a carne não produz nada que se aproveite. As palavras que eu lhes disse são Espírito e vida.”(João 6.63)
Toda a palavra de DEUS, que está na Bíblia, tem sua razão de ser, e nada foi dito em vão. Então fica esta pergunta:
"Contudo, quando o filho do homem vier, encontrará fé na terra?" (Lucas 18.8b); ou só encontrará quem segue doutrinas e regras?
"E Ele, tocando nos olhos deles, disse: que lhes seja feito segundo a sua fé que vocês tem!" (Mateus 9.29)
* E ai?!!!quem será salvo?
"Jesus olhou para eles e respondeu: Para o homem é impossível, más para DEUS todas as coisas são possíveis." (Mateus 19.26)

IRMÃO(Ã)
"Assim, seja qual for seu nodo de crer a respeito destas coisas, que isso permaneça entre você e DEUS. Feliz é o homem que não se condena naquilo que aprova." (Romanos 14.22).

AMÉM! AMÉM! AMÉM!

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

SER OU NÃO SER...

“SER OU NÃO SER”


Desde os primórdios da humanidade, quando o homem descobriu que seria capaz de produzir pensamentos, idéias, teorias que se desenvolveram no desenrolar da história, há uma preocupação embrionária e filosófica com relação à questão do “ser ou não ser”, de se fazer a diferença enquanto criaturas pensantes e produtoras de cultura. Muitas indagações se produziram então: quem sou?, de onde vim?, para onde irei?, das eternas e pungentes indagações humanas nasce a filosofia e esta, por sua vez, dá à luz à ciência... E a famosa frase Ser ou não ser, eis a questão (no original, To be or not to be, that's the question) vem da peça “A tragédia de Hamlet”, príncipe da Dinamarca, de William Shakespeare expressa essa necessidade humana pela auto identificação e pelo encontro com sua essência.
Encontra-se no Ato III, Cena I e é frequentemente usada como um fundo filosófico profundo. Sem dúvida alguma, é uma das mais famosas frases da literatura mundial. O verso, citado pelo personagem principal Hamlet, é o seguinte:

“ Ser ou não ser, eis a questão: será mais nobre
Em nosso espírito sofrer pedras e setas
Com que a Fortuna, enfurecida, nos alveja,
Ou insurgir-nos contra um mar de provações
E em luta pôr-lhes fim? Morrer.. dormir: não mais.
Dizer que rematamos com um sono a angústia
E as mil pelejas naturais-herança do homem:
Morrer para dormir... é uma consumação
Que bem merece e desejamos com fervor.
Dormir... Talvez sonhar: eis onde surge o obstáculo:
Pois quando livres do tumulto da existência,
No repouso da morte o sonho que tenhamos
Devem fazer-nos hesitar: eis a suspeita
Que impõe tão longa vida aos nossos infortúnios.
Quem sofreria os relhos e a irrisão do mundo,
O agravo do opressor, a afronta do orgulhoso,
Toda a lancinação do mal-prezado amor,
A insolência oficial, as dilações da lei,
Os doestos que dos nulos têm de suportar
O mérito paciente, quem o sofreria,
Quando alcançasse a mais perfeita quitação
Com a ponta de um punhal? Quem levaria fardos,
Gemendo e suando sob a vida fatigante,
Se o receio de alguma coisa após a morte,
–Essa região desconhecida cujas raias
Jamais viajante algum atravessou de volta –
Não nos pusesse a voar para outros, não sabidos?
O pensamento assim nos acovarda, e assim
É que se cobre a tez normal da decisão
Com o tom pálido e enfermo da melancolia;
E desde que nos prendam tais cogitações,
Empresas de alto escopo e que bem alto planam
Desviam-se de rumo e cessam até mesmo
De se chamar ação.[1]
(...) ”

Na imaginação popular a fala é pronunciada por Hamlet segurando uma caveira, embora as duas ações estejam longes de si no texto da peça. Também é importante observar que o príncipe não está sozinho no palco: Ofélia, Polônio e o Rei estão escondidos. Há ainda a dúvida debatida por editores de edições diversas sobre o fato de Hamlet ver ou não o Rei e Polônio. Caso ele realmente tenha visto, talvez tenha pronunciado indiretas através de suas metáforas.

Na música de composição de Leo Jaime “Rock Estrela” pode-se perceber que essa necessidade de saber-se continua tão latente quanto a necessidade de respirar, e povoa as razões humanas... quem sou eu? E quem é você? Não sei dizer, mas necessito ser ou não ser algo: ser flamenguista..., ser brasileiro(a)..., ser de esquerda, direita ou de centro..., ser especial para alguém... não ser, eis a questão...

Rock Estrela
Leo Jaime
Composição: Léo Jaime
Quem sou eu?
E quem é você?
Nessa história
Eu não sei dizer
Mas eu acredito
Que ninguém tenha vindo
Pro mundo a passeio...
De onde se vem?
Prá onde se vai?
Só importa saber prá quê
Prá quem?
Pois o destino
Transforma num dia
Um menino em herói de TV...
Um dia a gente se encontra
No meio do mundo
Depois a gente se perde
No meio de tudo
Yeah! Yeah!
Rock Estrela!
Rock Estrela!
Oh! Oh!
Rock Estrela!
Rock Estrela!
Yeah! Yeah! Yeah!
Quem sou eu?
E quem é você?
Nessa história
Eu não sei dizer
Mas eu acredito
Que ninguém tenha vindo
Pro mundo a passeio...
De onde se vem?
Prá onde se vai?
Só importa saber prá quê
E prá quem?
Pois o destino
Transforma num dia
Um menino em herói de TV...
Enquanto a gente pensa
Que sabe de tudo
O mundo muda de cena
Em menos de um segundo
Yeah! Yeah! Yeah!
Rock Estrela!
Rock Estrela!
Oh! Oh!
Rock Estrela!
Rock Estrela!
Yeah! Yeah! Yeah!
Oh! Oh! Oh!
Rock Estrela!
Rock Estrela!
Yeah! Yeah!
Rock Estrela!
Oh!
Rock Estrela!
Oh! Oh! Oh!
Rock Estrela!
Yeah! Yeah! Yeah!
Rock Estrela!
Yeah! Yeah! Yeah!
Por: Irene Cristina dos Santos Costa

sábado, 13 de fevereiro de 2010

A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Por : Geovana Ernesto Pereira Azevedo

RESUMO


“A brincadeira é uma ação que ocorre no plano da imaginação isto implica que aquele que brinca tenha o domínio da linguagem simbólica. Isto quer dizer que é preciso haver consciência da diferença existente entre a brincadeira e a realidade imediata que lhe forneceu conteúdo para realizar-se. Nesse sentido, para brincar é preciso apropriar-se de elementos da realidade imediata de tal forma a atribuir-lhes novos significados. Essa peculiaridade da brincadeira ocorre por meio da articulação entre a imaginação e imitação da realidade” - (Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil)

Indiscutivelmente, ato do brincar faz com que a criança tenha oportunidades de interagir com mundo social e abrir caminhos para novos conhecimentos, assim sendo, a importância do brincar na idade pré-escolar revela-se no fato de as brincadeiras e jogos viabilizarem à criança oportunidades de desenvolvimento de sua percepção obtendo uma socialização ao mundo. Neste ato de brincar que a criança se expressa e se desenvolve, trabalha a sua imaginação e assim, ao apropriar-se do domínio da linguagem simbólica, conquista a capacidade de construção e (re)elaboração de novos conhecimentos.

Nas descrições do brincar infantil, a experiência “prática” de uma situação real com um propósito real para o suposto “brincador”, normalmente é seguida pela imediata aprendizagem das facetas acerca do conhecimento proposto e esperados; o faz de conta, nesse caso, refere-se ao “mundo do imaginário, da fantasia” através do qual a criança estabelece um elo com a realidade.
É, portanto, nas brincadeiras que a criança encontra sentido para sua vida, é nelas que idéias se concretizam e que as experiências são construídas de muitos modos e repetidas quantas vezes a criança quiser, isto é, quantas vezes forem necessárias para a (re)elaboração simbólica da realidade, seu comportamento guiará seu desenvolvimento na sociedade. Suas atitudes são atos ligados ao processo de crescimento de uma forma lúdica. Cabe afirmar, portanto que toda criança deve e precisa brincar para se desenvolver, somente desta maneira expõe suas necessidades para o conhecimento do mundo.
As brincadeiras e jogos, aparentemente simples, na realidade, são fontes de estímulo ao desenvolvimento cognitivo, social e afetivo da criança, sendo, portanto, uma forma de auto-expressão. Com o faz de conta, a criança vivencia o mundo de modo singular, pode imaginar, imitar, criar, transformar, reinventar. Assim, paulatinamente, vão ampliando seu mundo e, as instituições de ensino para crianças em idade pré-escolar (CEI e creches) devem embasar suas ações didáticas e pedagógicas no sentido de atender essa necessidade da criança.

Objetivando aqui, mostrar a real importância do lúdico, das brincadeiras na educação infantil, far-se-á uma análise desta faceta tão importante da para o desenvolvimento da criança, procurando, à luz das teorias de alguns estudiosos, Kami, Kishimoto, analisar essa questão fundamental da educação infantil.
Palavras-chave: brincar, lúdico, símbolos, imaginação, educação aprendizagem

Um amigo enviou-me estas questões filosóficas para reflexão... e eu resolvi compartilhar...

Respostas das questões filosóficas
Por: Luiz Fernando R. Siqueira
1. Que sintoma humano presente na sociedade atual é revelado pelo fenômeno “existência anônima”?
Segundo estudiosos, mais especificamente Merleau-Ponty (1945/1999), o ser humano apresenta duas existências: a biológica, engrenada na outra, a humana e nunca é indiferente ao seu ritmo próprio. Porém, ‘viver’ (leben) para ele é uma operação primordial a partir da qual se torna possível ‘viver’ (erleben) tal ou tal mundo, e que as funções biológicas, se alimentar e respirar antes de perceber e de ter acesso à vida de relação, para as cores e para as luzes pela visão, para os sons pela audição, para o corpo do outro pela sexualidade, antes de ter acesso à vida de relações humanas, com isso, afirma o caráter primordial e muitas vezes “anônimo” da sexualidade na existência humana.
Essa percepção das coisas e do mundo adquire a significação dos sintomas e abrange uma significação mais globalizada em relação ao passado e ao futuro, ao eu e ao outro, ou seja, em relação às “dimensões fundamentais da existência”. Este é o sentido das interpretações na Fenomenologia da percepção.
O ser humano, em seu contexto social que não consegue associar essas duas existências (humana e biológica), não estabelece a relação entre o consciente e o inconsciente, podendo agir impulsivamente, ou movido por suas necessidades primárias (instintivas), disso pode resultar em atitudes que, aos olhos do senso coletivo, são ilegais, ou imorais ou inconveniente, ou desenvolve o que é definido por recalque, baixa auto-estima, complexos de inferioridade e de inadequação, apatia social.– da mesma maneira pode-se dizer que o organismo (o corpo), como adesão pré-pessoal à forma geral do mundo, como “existência anônima” e geral, desempenha, abaixo da vida pessoal, o papel de um complexo inato. Ele não existe como uma coisa inerte, mas esboça, ele também, o movimento da existência. A existência anônima, em suma, seria o correspondente à existência do ser em seu nível biológico (inconsciente, irracional, instintivo) desvinculado do nível humano (consciente, racional, sensível)

2. Cite alguns âmbitos da realidade que cabe somente à filosofia estudar?

A filosofia, segundo estudiosos, tem sido compreendida como “ciência das causas primeiras, dos primeiros princípios, da análise das condições do saber humano, dos fundamentos da moral, do belo e do bem; pensamento do pensamento, do ser, da ação humana, do humano, do próprio conhecimento, é também entendida como meta-ciência, saber além das ciências, ciência das ciências”. Em suma, ciência do bem viver e, dentro da Filosofia pode-se conhecer vários tipos de estudos, áreas e disciplinas, a saber:
• a mais teórica, na Lógica – próxima da moderna Filosofia da Linguagem, estuda o próprio pensamento e se ocupa com as regras do pensar;
• no extremo prático, na Ética, na Política, a filosofia pensa a ação humana na Psicologia e Sociologia ;
• nos extremos teóricos e práticos encontram-se outras formas e domínios da Filosofia e filosofias particulares: da Religião, da História, da Arte, que podem ser sintetizadas na Antropologia Filosófica.
O estudo da Filosofia auxilia a compreender e levar com sabedoria a condição humana visualizando situações concretas, para o aperfeiçoamento pessoaldo indivíduo, e consequentemente, da sociedade a que ele está inserido.



3. Comente a tarefa que cada ser humano é chamado a realizar e que está expressa na afirmação: “torne-se aquilo que você é”.

As questões filosóficas implicam em investigações da própria razão de estar aqui, de se saber quem é, de onde e à que veio, qual o sentido da existência nesse mundo de coisas e para onde vai, o que é existir e o que é ser. Na realidade a eterna busca pelo saber representa estar sempre em busca de si mesmo e de sua relação com o outro, com o mundo. E reconhecer-se dentro de suas limitações e dinâmica, enquanto ser social, político, ético, humano, isto é o ponto chave que o leva a “tornar-se aquilo que você é” pois, implica em descobrir-se e expressar-se enquanto um ser carregado de possibilidade no presente com projeções para o futuro, estabelecendo uma auto-identidade ante a realidade.
4. Explique o projeto ideológico da “produção de subjetividade”. O que é isto?
O projeto ideológico da subjetividade representa uma efetiva ação contra a concepção de um “sujeito desde sempre aí”, ou seja, contra a idéia de um sujeito que preexistiria ao mundo social, religioso, político, cultural e econômico determinista; contra essa concepção própria da Modernidade que procura-se apreender o sujeito como uma propriedade da condição humana, forma de transcendência que se busca captar. O sujeito da Modernidade que se apreende no "eu pensante" cartesiano e pode, com efeito, assumir vários rostos, mas estará sempre localizado numa mesma filosofia da consciência. Isto representa dualismo entre mente e matéria, oposição bastante oportuna por garantir que se localize justamente na mente o que foi tomado como "sujeito individual", "sujeito centrado", capaz de exercer a razão, sempre idêntico a si mesmo. E a esse conjunto de fatores que lhe oportuniza o exorcismo das forças da alteridade é o que pode ser chamado de "identidade", garantia da permanência de um sujeito unificado. Marx e Freud apresentam o mérito de afastar do modelo de sujeito cartesiano da razão, no que diz respeito à produção de subjetividade, para alcançar o compromisso do homem da razão, que é a manutenção de determinadas "formas de essência" que pretensamente dariam conta do real – um real naturalizado.


5. Distinga os dois tipos de saberes: o que é o saber da teoria e o saber da práxis.
Pegando um gancho no pensamento aristotélico que distingue dois planos: o da poiesis e o da praxis, pode-se dizer que o saber da teoria seria referido ao plano da poiesis, logo inperfeito, uma vez que se vê limitado pela matéria, pelo espaço e pelo tempo, estabelece o conhecimento voltado para o produto e limitado em sua finitude; já o saber da práxis é livre, uma vez que, por não se limitar na matéria, mas num plano de perfeição (divino) transcende as limitações. O saber da práxis aponta para uma atividade transitiva do sujeito no preciso ato de existir, portanto é um processo contínuo e dinâmico, projetando a idéia de um homem como um ser transformador e mais, aperfeiçoador da realidade, e também aperfeiçoável.

6. Que papel desempenha a consciência moral no agir humano?
A consciência moral no agir humano é o que define sua atitude em relação a seu próximo em sociedade. A consciência moral dos atos humanos depende de três aspectos:
• do objeto escolhido;
• do fim que se tem em vista ou da intenção;
• das circunstâncias da ação.
O objeto, a intenção e as circunstâncias são as “fontes” ou elementos constitutivos da moralidade dos atos humanos. As regras objetivas da moralidade enunciam a ordem racional do bem e do mal, atestada pela consciência humana, carregada de intenções. A intenção é um elemento essencial na qualificação moral da ação. O fim em vista é o primeiro dado da intenção e designa a meta a atingir pela ação. É um movimento da vontade em direção ao fim; diz respeito ao termo do agir. É o alvo do bem que se espera da ação empreendida. Não se limita à direção das nossas ações singulares, mas pode ordenar para um mesmo fim ações múltiplas: pode orientar toda a vida para o fim último. As circunstâncias, incluindo as consequências, são elementos secundários dum ato moral. Contribuem para agravar ou atenuar a bondade ou malícia moral dos atos humanos Podem também diminuir ou aumentar a responsabilidade do agente. As circunstâncias não podem modificar a qualidade moral dos próprios atos; não podem tornar boa nem justa uma ação má em si mesma. Esses três aspetos da consciência moral vão estabelecer a ação do homem em relação às atitudes e reações ante seu próximo, ante a sociedade e a si mesmo.


7. O que significa: assédio moral?
Assédio moral caracteriza-se, no ambiente profissional, na exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, ou em relações de subordinação, como em ambientes escolares ou consultórios médicos, em que alunos(as) ou pacientes (ou clientes) são sujeitados à gestos, condutas abusivas e constrangedoras, humilhar repetidamente, inferiorizar, amedrontar, menosprezar ou desprezar, ironizar, difamar, ridicularizar, risinhos, suspiros, piadas jocosas relacionadas ao sexo.
Ser indiferente à presença do(a) outro(a) pessoa, estigmatizar os(as) adoecidos(as) pelo e para o trabalho, colocá-los(as) em situações vexatórias, rir daquele(a) que apresenta dificuldades, sugerir que peçam demissão, dar tarefas sem sentido ou que jamais serão utilizadas ou mesmo irão para o lixo, dar tarefas através de terceiros ou colocar em sua mesa sem avisar, controlar o tempo de idas ao banheiro, tornar público algo íntimo do(a) subordinado(a) não explicar a causa da perseguição, difamar, ridicularizar, etc., todas essas situações explicitam o que é conhecido por assedio moral (wikipedia)
8. Qual o significado da expressão: sentido da vida?
Quando Shakespeare escreve essa tão famosa frase: “ser ou não ser, eis a questão” revela em seus escritos uma profunda e pungente questão filosófica , a que determina o sentido da vida, das razões da existência. O sentido da vida na filosofia antiga consiste principalmente da aquisição da felicidade (eudaimonia). A Idade Média tempo no qual o Cristianismo na Europa, a ênfase do sentido transferiu-se do pessoal ao coletivo, na sucessão pessoal de Cristo e a união mística com Deus que já havia sido procurada, o significado da vida na visão da Idade Média estava na máxima e eterna comunhão com Deus. Na modernidade e contemporaneidade, quando se considera a curta duração da vida, engolida na eternidade do antes e do depois, resta o pequeno espaço que se preenche com o existir presente, ultrapassado pela infinita imensidão de espaços ignorado e desconhecido, e essa gama de coisas que não se sabe, leva à reflexão e indagações recorrentes:
Quem me pôs aqui? Por ordem de quem e em que direção este lugar e tempo me foram atribuídos? De que matéria fluídica foi gerada minha essência? Quem sou, pra onde vou? Essas reflexões representam a contínua busca do homem pelo conhecimento de si mesmo e do mundo em redor, que à medida que vão sendo alcançadas estabelecem um sentido da vida, uma explicação provisória para as eternas indagações humanas.

Por que se afirma que a Mídia tornou-se o “segundo poder”?
A influência da mídia na atualidade é imensa, uma vez que ela dita regras de comportamentos, de moda, manipula as intenções dos consumidores para determinados produtos ou idéias
O sistema de informação encontra-se atualmente sujeito a uma revolução radical com o advento do digital e do multimédia, de que alguns compararam a importância à invenção da imprensa por Gutenberg, em 1440. Muitos jornais importantes pertencem já a mega grupos de comunicação e os restantes estão à cobiça dos novos senhores do mundo. A informação é considerada uma mercadoria e esta característica prevaleça sobre a missão dos média: esclarecer. Os Paparazzi cuja missão é revelar a vida privada e intima das pessoas, dominados pelo mercado e pelo lucro são um exemplo de que valem todos os meios para atingir os fins.
Muito se fala já em imprensa-lixo e tele-lixo (Trash TV). A imprensa é diariamente manipulada e os media estão sujeitos a forte concorrência. A informação hoje dirige-se ao coração e à emoção e não à razão e à inteligência. A censura democrática faz-se recorrendo à saturação, ao excesso e à super abundância de informação. Porém a informação esconde a informação. Jornalistas afirmam: “entrevistamo-nos uns aos outros porque não temos mais ninguém com quem falar”. O jornalismo considerado o quarto poder depois do executivo, legislativo e judicial (Montesquieu).
84% dos jornalistas consideram ter sido “manipulados”.
O poder midiático está menos na ação do que na comunicação. Ocupa-se em passar de um poder vertical, hierarquizado e autoritário, para um poder horizontal, em rede e consensual (um consenso que é conseguido precisamente pelo expediente de manipulações mediáticas). Atualmente é considerado o primeiro poder; a Economia. Segundo poder; o Mediático. Terceiro poder; o Político. As media proclamam-se como um contra-poder.
Na atualidade, a verdade é aquilo que os media propagam como tal (mesmo que falsa). Não nos resta senão aceitar esse discurso único. O boato já não é um fenômeno local mas mundial. Através de um aumento de informações: a informação é dissimulada. A informação hoje é superabundante e torna-se incontrolável.

Reflexão sobre o papel da mulher na sociedade

A MULHER NA SOCIEDADE
Por: Irene Cristina dos Santos Costa

Para entender o lugar e o papel da mulher na sociedade, tanto na antiguidade quanto nos dias atuais, é necessário conhecer a história da mulher, entendendo a formação de sua identidade, de seus grupos sociais, e principalmente seu posicionamento no contexto familiar. A figura feminina na sociedade, historicamente, sempre esteve carregada de preconceitos, uma vez que ela representa o meio pelo qual toda a sorte de mazelas acometeram o mundo (através de Eva). E tal estigma acompanhou e demarcou o destino da mulher a um segundo plano na vida social, no decorrer do tempo e da evolução das sociedades.
Apesar de a mulher ter conseguido, a custo de muitas lutas, as conquistas femininas de igualdade social, profissional, e de direitos, há ainda muito preconceito em relação às mulheres principalmente no que se refere ao espaço profissional. Observa-se que a maioria dos cargos de liderança, por exemplo, são desempenhados por homens, e que se uma mulher se destaca profissionalmente, ela até pode ser muito boa no que faz, porém seu soldo será sempre inferior ao que um homem receberia desenvolvendo a mesma função.
Explora-se a beleza da figura feminina para se vender bebidas, carros, imóveis e toda espécie de produtos de consumo, porém quando se trata de valorizar seu potencial de inteligência e liderança em funções de destaque, pouco se vê, porque, querendo ou não, a idéia que se tem incutida no pensamento coletivo, machista por sinal, é que mulher tem que dirigir "fogão" e que sua liderança deve se restringir à direção das tarefas do lar. Uma das formas de se entender o lugar da mulher na sociedade é conhecendo a relação afetiva que esta estabelece com seus pares (companheiro, filho(s) e familiares).
A luta pela igualdade entre mulheres e homens é antiga, e muitas conquistas foram conseguidas pelas mulheres ao longo dos anos, em todos os setores da atividade humana. Mas é forçoso reconhecer que há muitas conquistas a serem alcançadas ainda. No dia 8 de março, são realizadas as comemorações pelo Dia Internacional da Mulher. No Brasil, com a criação da lei conhecida como Lei Maria da Penha sancionada por Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006; dentre as várias mudanças promovidas pela lei está o aumento no rigor das punições das agressões contra a mulher quando ocorridas no âmbito doméstico ou familiar. Estes são exemplos de conquistas históricas das mulheres, porém é triste saber que para se chegar a essas vitórias, as quais beneficiam as mulheres de um modo geral, outras tantas tiveram que perecer ou passar por constrangimentos e dificuldades várias. O ideal seria que a igualdade de direitos não fosse algo que dependesse ser sancionado, legitimado para ser efetivamente realizado, uma vez que todos nós, (mulheres e homens) somos feitos da mesma matéria divina com qual Deus em sua suprema criação forjou para sermos feitos à sua imagem e semelhança.
Por Irene Cristina dos Santos Costa

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

A MINHA, A NOSSA ÁRVORE DOS SONHOS / E O SONHO DAS ÁRVORES

Minha árvore dos sonhos:


Esta figura representa meu sonho de uma harmonia e integração total e completa do homem com o meio ambiente, a essência da existência somada à uma verdade suprema, somos parte desse macrocosmo chamado natureza e dele retiramos a seiva de vida que nos mantém em movimento sobre a face desse planeta Terra, viajando nele pelo Universo.


A comunidade dos meus sonhos
As raízes são os diversos povos, tribos, nações que reunidos formam a comunidade global, em proporções planetárias, que conduzem a seiva ( os recursos naturais que nos mantém vivos, os princípios éticos e morais e culturais das nações) até a copa e proporcionam a formação de novos frutos.
A escola dos meus sonhos
As folhas da copa, são o que representam a escola que renova os saberes (fotossíntese) e proporciona a síntese das novas mentalidades para as gerações futuras(os frutos).
Lembro ainda a parábola da videira, pela árvore se conhece os frutos, portanto, assim como profetizou nosso iluminado guia maior, Jesus Cristo, os frutos( as gerações futuras e o destino delas) dependem da árvore que somos hoje. Se catalisarmos boa seiva, se conduzirmos a contento e na direção certa, se procurarmos absorver e transformar os pensamentos (luz e ar) para a transformação dos saberes, princípios, e prontidões, é possível ter bons frutos e consequentemente, boas sementes em um interminável ciclo de sonhos e realizações...
As pedras no caminho:
Os obstáculos para a concretização dessa árvore de sonhos ( ou dessa floresta de sonhos), representa a ainda incapacidade de alguns seres humanos perceberem que todos fazemos parte da natureza, dela dependemos e nela estamos inseridos, e que cada agressão que defraudamos contra a natureza, se reflete direta ou indiretamente sobre nós.



As três Árvores (uma lenda universal)
O sonho não é nada perto da realização
Havia, no alto da montanha, três pequenas árvores que sonhavam o que seriam depois de grandes. A primeira, olhando para as estrelas, disse:

– Quero ser o baú mais precioso do mundo, cheio de tesouros. Para tal, até me disponho a ser cortada.

A segunda olhou para o riacho e suspirou:
– Quero ser um grande navio para transportar reis e rainhas.

A terceira árvore olhou o vale e disse:
– Quero ficar aqui no alto da montanha e crescer tanto que as pessoas, ao olharem para mim, levantem os olhos e pensem em Deus.

Muitos anos se passaram e, certo dia, vieram três lenhadores e cortaram as três árvores ansiosas para ser transformadas naquilo com que sonhavam.

A primeira árvore acabou sendo transformada num cocho de animais coberto de feno. A segunda virou um simples e pequeno barco de pesca, carregando pessoas e peixes todos os dias. E a terceira, mesmo sonhando em ficar no alto da montanha, acabou cortada em altas vigas e colocada de lado em um depósito.

E todas as três se perguntavam, desiludidas e tristes:
– Para que isso?

Mas, certa noite, cheia de luz e estrelas, com mil melodias no ar, uma jovem mulher colocou seu bebê recém-nascido naquele cocho de animais. De repente, a primeira árvore percebeu que nela repousava o maior tesouro do mundo…

A segunda árvore, anos mais tarde, transportou um homem que acabou dormindo no barco, mas, quando a tempestade quase afundou o pequeno barco, o homem se levantou e disse: “Paz”! E, num relance, a segunda árvore entendeu que estava carregando o rei dos céus e da terra.

Tempos mais tarde, numa sexta-feira, a terceira árvore espantou-se quando suas vigas foram unidas em forma de cruz e um homem foi pregado nela. Logo se sentiu horrível e cruel. Mas, logo no domingo, o mundo vibrou de alegria, e a terceira árvore entendeu que nela havia sido pregado o homem que veio para salvar a humanidade e que as pessoas sempre se lembrariam de Jesus Cristo ao olhar para ela.

As árvores sonharam, mas a realização foi mil vezes melhor do que haviam imaginado.

AGENDA 21 ESCOLAR "ANTONIO ACHA"

AGENDA 21 ESCOLAR

A Agenda 21 resulta do trabalho em conjunto da equipe dos alunos da 5ª V3 e 5ª V 5.
É um documento que estabeleceu a importância década cidadão mimosense a se comprometer a refletir, global e localmente, sobre a forma pela qual governos, empresas, organizações não-governamentais e todos os setores da sociedade poderiam cooperar no estudo de soluções para os problemas sócio-ambientais.
Cada aluno, no contexto de sua família e comunidade deve procurar desenvolve as proposições aqui estabelecidas pela equipe que a instituiu, uma vez que a Agenda 21 se constitui num poderoso instrumento de reconversão da sociedade industrial rumo a um novo pensamento e novas ações, que exigem a reinterpretação do conceito de progresso, contemplando maior harmonia e equilíbrio holístico entre o todo e as partes, promovendo a qualidade, não apenas a quantidade do crescimento.
Nossas ações prioritárias a sustentabilidade urbana e rural, a preservação dos recursos naturais e minerais e a ética política para o planejamento rumo ao desenvolvimento sustentável.
Mediante várias palestras realizadas em nossa escola em uma ação conveniada entre as Secretarias Municipais da Agricultura e da Educação, e posterior leitura de vários textos afins, embora em um curto tempo ficou estabelecido como metas da nossa Agenda 21 Escolar:

Estrutura e conteúdo
Os temas fundamentais da Agenda 21 estão tratados em 40 capítulos organizados em um preâmbulo e quatro seções:
Seção I. Dimensões sociais e econômicas: 1. A realidade social e econômica dos alunos que fazem parte da realidade de nossa escola.
2. Evolução e reestruturação das modalidades de consumo dos recursos naturais visando uma exploração equilibrada e o compromisso com a renovação dos mesmos (reflorestamento, não queimadas, curva de nível, adubação orgânica).
Seção II . Conservação e gestão dos recursos para o desenvolvimento
1. Proteção da atmosfera, dos rios, das florestas, com ações de mobilização pública (desfiles, plantio de mudas de arvores, panfletagem com folhetos informativos, utilização da rádio local e da TV Câmara para mobilização e conscientização pública)
2. Exposições de trabalhos realizados na escola (feira ambiental) para visitação da comunidade com trabalhos explicativos, teatros, palestras, amostragens através de cartazes, maquetes e gráficos.
3. Dinamização dos projetos já desenvolvidos pela escola extensivo à comunidade (Projeto Rio e Rua, Projeto da Coleta Seletiva do Lixo) – estes projetos desenvolvidos pela escola, o primeiro no passado, e o segundo na atualidade, devem ser retomados abrangendo a comunidade e as Secretarias Municipais da Agricultura e Meio Ambiente, e da Educação
Seção III. Fortalecimento do papel dos grupos principais
1. A infância e a juventude no desenvolvimento sustentável em nosso município.
2. Busca pelo desenvolvimento sustentável e o apoio de organizações não-governamentais associadas, das firmas e empresas do município e do estado, dos trabalhadores e sindicatos, de cada cidadão mimosense.
3. Busca de recursos e mecanismos de financiamento para a implementação das atividades citadas acima, bem como dos mecanismos jurídicos municipais e estaduais que legitimem nossas ações junto a sociedade
4. Utilização dos veículos municipais (jornais locais, rádio do município, TV Câmara) para a informação da sociedade mimosense, e implementação do jornal da escola para informação da comunidade escolar em relação às adoção ações efetuadas.

A Educação Ambiental não é neutra, é ideológica

“A educação ambiental não é neutra, mas ideológica. É um ato político, baseado em valores para a transformação social”


Tomando esta afirmativa para reflexão, pode-se crer que a educação ambiental, realmente não é neutra, antes, é um ato político baseado em valores voltados para a transformação social e a responsabilidade com as gerações atuais e futuras.
Em linhas gerais essa afirmativa toma abrangência de ações ecológicas e ambientalistas comprometidas com o bem estar do homem na comunidade local, como também planetária, numa visão crítica bastante holística, visando analisar as causas e as interrelações dos fatos climáticos e minimizar seus efeitos sobre a vida humana, dos animais e de seu habitat, assim, numa perspectiva bastante sistêmica, estabelecer princípios de preservação e de utilização sustentável dos recursos naturais, uma vez que dependemos deles em nosso dia a dia, no contexto social e histórico dos povos e nações; portanto, a educação ambiental é política, uma vez que tem tudo a ver com o que diz originalmente o termo “política” _ a arte do bem comum _, e visa, dentro dos termos da democracia, estabelecer-se em todos, por todos e para todos.
Sendo e se estabelecendo a nível de atuação social, a chave para que realmente venha dar frutos e se refletir positivamente sobre a vida do ser humano e do meio ambiente em que vive (o micro e o macro ambiente) o ponto de partida seria a maior participação e organização das comunidades, a melhor educação e formação de educadores voltados para as questões ambientais, o fortalecimento das pessoas, ONGs e grupos engajados nas atividades e trabalho de mobilização, estruturação e formação de opinião visando, acima de tudo a transformação do pensamento e a fomentação de prontidões próecológicos em busca do desenvolvimento sustentável, não centrado na produção, e sim nas pessoas, nos sujeitos vivendo em coletividade.
Nesse sentido, parece até demagogia o que vou falar, mas minha atuação é embrionária, porque sou educadora e observo pequenos automatismos do dia a dia que deflagram contra os pensamentos que defendemos, percebo que os princípios da educação ambiental são extremamente tênues diante de hábitos tão antigos e automátizados até mesmo em determinados colegas de profissão.
Quando alegamos por exemplo, que precisamos nos comprometer com as questões ecológicas, ou nos preocupamos, por exemplo, com as proporções do buraco na camada de ozônio, com os desmatamentos da Amazônia, e, no entanto, ao sairmos para uma excursão, nos deparamos com alunos e mesmo “educadores” jogando seu lixo pela janela do veículo, em um gesto automático, irrefletido. Portanto, as principais lutas devem ser travadas, à princípio, dentro de nós mesmos, não nos conformando com a mentalidade desse mundo introjetado em nós por séculos de despreocupação ecológica e descomprometimento ambiental.
É desejável e de suma importância, portanto, que a comunidade escolar possa refletir conjuntamente sobre esses automatismos, sobre como desenvolver o trabalho com o meio ambiente, estabelecendo os objetivos e metas que se pretende atingir, bem como estabelecer as formas (estratégias e metodologias) de conseguir isso, esclarecendo o papel de cada um dos envolvidos nessa tarefa em função do bem maior.
Desse planejamento participativo de ações, resultará a aprendizagem de valores sociais e o ambiente escolar é o espaço de atualização mais imediato para os alunos, assumindo, necessariamente um caráter mais realista, em busca do um equilíbrio entre o homem e o meio ambiente, na tentativa incansável de construir “um futuro pensado e vivido numa lógica de progresso e desenvolvimento, (...) ressaltando as regularidades, a busca manter o respeito pelos diferentes ecossistemas e culturas humanas do planeta Terra.”
A Constituição Federal, ao consagrar o Meio Ambiente ecologicamente equilibrado como um direito do cidadão, estabelece vínculo entre qualidade ambiental e cidadania. Para garantir a efetividade desse direito, a Carta Magna determina como uma das obrigações do Poder Público à promoção da Educação Ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública.
E eu, enquanto educadora, procuro me colocar como mediadora entre meus alunos e seus direitos de cidadão, viabilizando os conhecimentos necessários, dentro de minha área de conhecimento e atuação para formar neles o caráter necessário a sua atuação dinâmica enquanto cidadão globalizado e ecologicamente em harmonia com o planeta, nossa casa.
A escola é o espaço social e o local para esse fim, onde o aluno dará sequência ao seu processo de socialização. O que nela se faz, se diz e se valoriza representa um exemplo daquilo que a sociedade deseja e aprova. Comportamentos ambientalmente corretos devem ser aprendidos na prática, no cotidiano da vida escolar, contribuindo para a formação de cidadãos responsáveis assim como na comunidade onde vivem, e o trabalho por sua vez, deve ser um processo contínuo e dinâmico, sabendo que disso resulta a qualidade de vida das gerações atuais e futuras e que esse deve ser o objeto maior do desejo num inconsciente coletivo moderno.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Reflexão sobre o ter e o ser

A QUESTÃO DO TER OU SER


O Velho testamento trata dos judeus com uma aliança feita para os judeus, e para uma época bem diferente da que vivemos, É LOGICO que do velho testamento devemos tirar os bons e maus exemplos.
A aliança feita com o SANGUE DE CRISTO é uma NOVA ALIANÇA, e são novos ensinamentos " sem esquecer os primeiros ", nos mostrando que nossa maneira de viver ( cristãos e não judeus ) deve ser diferente em muitos aspectos daquela que se vivia até a vinda de DELE.
Para os judeus até hoje, a quantidade de bens é a prova de que ele esta sendo abençoado por DEUS, no A.T DEUS dava bens aos seus servos, isso, para mostrar aos ímpios quem O servia.
As bênçãos materiais NEM SEMPRE são consequência de uma vida ESPIRITUAL SANTA, * lembrando que , vida ESPIRITUAL SANTA, não é apenas aquela da *aparência, POIS DEUS sonda o nosso coração E NÃO SE APEGA AO QUE OS HOMENS VEEM, o conceito que o homem usa para JULGAR o que é *santo depende demais da aparência ou seja: QUEM FAZ ISSO OU AQUILO É OU NÃO SANTO; É CLARO que muitas atitudes ajudam a identificar o santo e o não santo.
Tem muitos ímpios "não tementes a Deus", que também prosperam grandemente em termos materiais, e tem muitos servos de DEUS "fiéis" que não prosperam financeiramente.
Temos que lembrar que as coisas materiais são consequência de uma serie enorme de fatores que independe de se servir ou não a Deus, uns aproveitam melhor as oportunidades que aparecem e outros não.
" não estamos aqui discutindo a questão do dizimo; pois muitos servos de Deus - que dizimam a vida inteira não conseguem prosperar materialmente, e isso é uma coisa que só DEUS explicará o porque, não nos cabe tentar justificar ou explicar " que é por isso ou por aquilo".
As PROMEÇAS DE CRISTO não são só para esta vida, são principalmente para a próxima.
As passagens do EVANGELHO, que é o que deveria NORTEAR a vida do cristão, nos mostra que bens materiais não devem ser * prioridade; mas muitos por *hipocrisia, eu não estou me referindo a todos, más a MUITOS, tentam negar que gostam e se apegam SIM as coisas materiais, e o evangelho é claro em mostrar que não é isso que JESUS nos ensina.
É lógico, que ter uma boa casa, um bom carro, boas roupas e comer bem NÃO FAZ MAL A NINGUEM.
Quando temos e dividimos, será que dividimos tudo o que realmente poderíamos dividir, ou dividimos apenas aquilo que "vai acabar sobrando mesmo".
Será que fazer o que Jesus quer é só isso, ou é mais que isso?
Não estou dizendo que você tem que fazer como no inicio da igreja primitiva, ou seja, vender tudo o que tem e dar para os que nada tem, más será que você não pode DOAR-SE ou até DOAR mais, será que quando JESUS pede para "amar seu próximo como a você mesmo" Ele não quis que você fizesse mais do que esta fazendo, NÃO É SER BOBO, e sustentar vagabundo, não é isso, más sim doar-se e doar mais aos menos afortunados.
Temos que lembrar que aquilo que não usamos 'AJUNTAMOS'.
Não devemos tratar a igreja como O LUGAR onde você vai para conquistar bens materiais, A IGREJA é o lugar onde você vai para conquistar bens ESPIRITUAIS e a vida eterna "É A CASA DE DEUS".
AGORA! não é fácil para o homem que: mora mal; veste mal; come mal e tudo mais mal, aceitar JESUS, pois " a carne guerreia contra o espírito e no mundo O TER VALE MAIS DOQUE o ser; e sem essa de se não vem pelo amor vem pela dor (na bíblia não tem nada disso escrito).
Quando convidamos alguém para vir a igreja, esta pessoa espera encontrar aqui, um povo totalmente diferente do povo do mundo;" façamos uma análise sincera e sem hipocrisia, sem falsidade, SERÀ que é isso que essa pessoa encontra.
***Um lugar onde ela é bem recebida e acolhida independente da aparência, ou seja: da roupa que veste ; do carro que dirige OU NÃO?
***Um lugar onde todos se relacionam bem com todos, porque são todos parte do mesmo corpo, ou um lugar onde existem grupos que se dividem PORQUE:
_há! fazemos parte do braço direito
_há! fazemos parte do braço esquerdo
_há! fazemos parte da perna direita
_há! fazemos parte da perna esquerda
***** OU: nós estamos do pescoço pra cima.
Muitas vezes, pessoas que vieram a igreja uma vez, não voltaram, e ainda se houve comentários que dizem que a pessoa é que não queria nada com DEUS, SERÁ que realmente foi isso que aconteceu com todos os que não voltaram mais; SERÁ que elas realmente não queriam nada com DEUS, OU SERÁ que quando essas pessoas viram que na igreja era MAIS OU MENOS como no mundo lá fora, elas disseram: se é igual lá fora, vou continuar acreditando em DEUS do meu jeito.
DOAR-SE E DOAR MAIS, é, não apenas na questão de coisas materiais, MÁS também em termos de demonstração de carinho e atenção, que são alguns dos exemplos que JESUS deu para diferenciar a igreja do mundo lá de fora.
EM RESUMO SERÁ QUE NÓS PODEMOS NOS CONSIDERAR VERDADEIRAMENTE SEGUIDRES DO EXEMPLO E DA VONTADE DE CRISTO.
Luiz Armando Alves - 2009

Uma fábula maravilhosa

“ Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.”
(Antoine de Saint-Exupéry)


E foi então que apareceu a raposa:
- Bom dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.
- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. não me cativaram ainda.
- Ah! desculpa, disse o principezinho. Após uma reflexão, acrescentou:
- Que quer dizer "cativar"?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços..."
- Criar laços?
- Exatamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
- Começo a compreender, disse o principezinho. Existe uma flor... eu creio que ela me cativou...(...)
- Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo... A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
- Por favor... cativa-me! disse ela.
- Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer alguma coisa. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
- Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.
- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto... No dia seguinte o principezinho voltou.
- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração... É preciso ritos. Assim o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
- Ah! Eu vou chorar.
- A culpa é tua, disse o principezinho, eu não queria te fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...
-Quis, disse a raposa.
- Mas tu vais chorar! disse o principezinho.
- Vou, disse a raposa.
- Então, não sais lucrando nada!
- Eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo. Depois ela acrescentou:
- Vai rever as rosas. Tu compreenderás que a tua é a única no mundo. Tu voltarás para me dizer adeus, e eu te farei presente de um segredo. Foi o principezinho rever as rosas:
- Vós não sois absolutamente iguais à minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativastes a ninguém. Sois como era a minha raposa. Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu fiz dela um amigo. Ela é agora única no mundo. E voltou, então, à raposa:
- Adeus, disse ele...
- Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.- O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
- Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante.
- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
- Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa...
- Eu sou responsável pela minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
"[O Pequeno Príncipe]

Texto romântico

Helena

Por ironia ela surgiu olhando pra mim, ainda perdida, procurava algo que iria ajudar o seu primeiro amor. Sua singeleza chegou a mim antes de palavra alguma exclamar, sua simplicidade me deixou nu e sua humildade fez comprometer-me com o nascer de algo abstrato e inexplicável.
Sua pele clara fez-me lembrar o nascer de um rio que se estende num percurso não muito extenso mais necessário em curvas que se misturam com um tom rosado e macio que expressam o místico e a loucura de um prazer sem culpa e sem maldade.
O seu andar incita o meu ser a ordenarem os meus olhos o inicio de uma incessante súplica por um movimento mais comprometedor ou até mesmo involuntário.
Suas torres vermelhas e rígidas despertam uma curiosidade medonha em quem a viu passar. Isso se deve a uma beleza deslumbrante do volume que elas fazem embaixo do invejado algodão.
O seu véu negro como o ébano em vezes seu olhar esconde, quem sabe por medo de se declarar a quem um dia a fará sofrer; Ou receio de demonstrar seu pudor em meio uma multidão de olhares de cobiça, enlouquecidos com o aroma de sua essência doce e perturbadora que deixas no ar e que o esnobe vento espalha criando assim um lamento de uma imensidão de espíritos fracos que nunca conseguirão escalar os altos cumes de sua feminilidade esculpida pelas mãos geniais do todo poderoso. Por isso vivem a espreitar somente um deslize seu para causar em sua alma o amargar do arrependimento.
Numa expectativa me envolvo em algo muito brilhante como a luz do sol quando cai no cristal algo sereno que transmite o que existe dentro dela, era o seu sorriso...
Áh! Como eu a quis quando a vi chegar, sua fragrância invadiu minhas entranhas num resgate de algo bom que a muito não sentia; um cio sem maldade um sentir sem mácula um querer sem pudor;
Não há quem não a deseje oh helena! O que será que me espera ao me aventurar em cumprimentar-lhe será que seria merecedor de uma saudação sua, ou morrerei com tal dúvida ao duelar com o imprevisível.
Suas mãos quão belas são! Feliz seria se algum dia fosse tocado por elas. O seu andar é um acalanto para minha íris, pois jaz cansada do artificial; O seu hálito é agradável ao meu olfato, e faz me lembrar a hortelã nova colhida nas manhãs de inverno e a erva doce fresca que minha respiração ofegante acalma.
Quisera eu ter um jeito de herói para vencer essa dor que sem culpa me aferiu; Ou quem sabe um bandido para te presentear com um por do sol roubado ou um mago para lhe oferecer um luar das noites de lua cheia e até mesmo enfeitaria seus cabelos com a luz das estrelas se um surpreendente mágico eu fosse, só para em troca receber um carinho seu.


Óh Helena! Quando a vi logo te amei sem um envolvimento sequer; Somente te amei, amei a sua existência, amei, pois morreria se nunca te encontrasse te amei incondicionalmente e te amaria mesmo que fosse apenas uma lenda e se sua existência se desse no passado amaria somente a sua lembrança! Quisera eu poder provar das delicias agradáveis escondidas em seus beijos uma mistura do profano o sagrado o genuíno e o imaculado! Certamente me viciaria e morreria se algum dia ficasse sem eles... Oh! Como eu sonhei deslizar em seu ventre depois de me elevar ao pico de suas duas torres rosadas e rígidas e suga-las com tanta gula como um faminto saboreia uma iguaria rara e inestimável até sentir o gosto do suor do teu espírito e me fartar de um prazer inigualável, em seguida tocar sua alma com uma pura e límpida ousadia sem intenção de provocar a dor causada pelo meu atrevido e teso membro e jaz esquecida superada pelo gozo causado por estocadas simultâneas em vezes calmas e doces e em outras fortes e intensas a fim de nos saciarmos até não termos mais forças e nos entregarmos ao sono.
Óh, como eu sonhei chupar suas entranhas e me deliciar com o gosto de sua alma escorrendo em meus lábios matreiros e inquietos implorando para que o tempo pare e eu sinta a vibração e o calor que sai do seu interior eternamente; E num balbuciar muito ofegante sentir um coração palpitante e o estremecer do teu íntimo jaz desnorteado e perceber as contrações descontroladas de sua fresta ensopada do suor de nossas almas e por fim ter que segura-la, pois suas pernas tremulas já não suportam o peso do seu corpo farto cansado e indefeso.
Ah! Se ela soubesse o que eu faria para tela em meus braços por apenas um instante; Certamente se findaria o ardor que jaz em meu peito mais inevitavelmente seria cercado pela dúvida de que eu seria o único a ter a honra de Tocá-la como deve e merece ser ou o desejo me envenenaria por não ousar tentar?
Será que minhas falhas te entregariam a cobiça alheia? Fugir quem sabe eu tentaria se não me aprisionasse com seus encantos e a promessa de que mil segredos daria mil a serem revelados; oh! Como eu desejei fingir e até mesmo forjar esse sentimento mais falhei apenas ao ouvir a sua voz afável óh Helena porque abriste as portas para aventura e o tormento vim me visitar?
Como és bela óh Helena! Os homens choram por não te conhecerem. Deixaria o meu coração entregue em suas mãos ainda que nunca mais ti visse, ainda que no soar de sua voz não cause mais efeito ou que ninguém ouça o seu falar ainda assim escutaria o pulsar do seu coração compondo a mais bela de todas as melodias; Oh! Helena és obra engenhosa esculpida pelas fabulosas mãos do Criador; Nenhum poeta jamais escreveu uma linha si quer a seu respeito, por não ter encontrado palavras para expressar um verso apenas; Nem pensadores nem sábios nem heróis balbuciaram uma frase apenas sobre ti. Apenas eu quem sabe num eterno desvario tentando compensar os infortúnios e as desventuras decretadas pelo destino consegui no ápice de minha loucura separar algo que não fosse insano e escrever sobre você ao ter ti amado na primeira vez que ti encontrei; Oh Helena...
Elmor R. Guedes