É assim
Quando se perde a identidade
Procura-se
Não encontra chão
Busca-se
E vão se vê
Comprime-se contra a alma
E não se sente
Arde-se na calma
E a verdade é que tudo é esquecimento
Vazio
Solidão
Mas ninguém garante que o tempo cure
Que as águas da enxurrada levem
Que o vento num turbilhão eufórico coloque as coisas no lugar
É assim
Quando as palavras são meramente palavras
Persiste-se em achar sentido
Acha-se ausência
E o vazio dessa essência tem sentido de dor
Pressente-se
Mas não comove
Rasga-se
E não se sente a visceral necessidade da anestesia
Acostuma-se com a ferida aberta e exposta
Ainda que não queira
Ainda que não a suporte
A verdade é que ninguém disse que fosse doloroso amar
Mesmo que a vida nos prepare para a solidão
O coração insiste em teimar
A razão lhe manda ir
E ele pede pra ficar...
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