Não era mais
que um raiozinho efêmero de luz
Não era mais
que uma promessa que a retórica produz
Era um ponto verde de novidade a acalentar meu ser
Um estreito elo entre a vontade plena e o plácido querer
Um fiozinho dourado de sol na manhã sombria e nebulosa
Uma partícula profusa de ilusão dentro da alma caudalosa
Uma gotinha de orvalho na pétala rosada de meu coração
Uma perene fonte de onde submerge a contígua emoção
Alimentava de sonhos uma vida quase taciturna e triste
Uma semente de ilusão regada na inconstancia que existe
Algo sublime que crescia e vibrava sem saber nem porque...
(Irene Cristina dos Santos Costa - Nina Costa, 03/07/2011)
Publicado no Recanto das Letras em 03/07/2011
Código do texto: T3072973
segunda-feira, 4 de julho de 2011
ENTREGA
No toque dos corpos
Na sensação do entrelaçar
No jeito quente de olhar no fundo do seu nexo
Na respiração,... no se doar
No frio da espinha, na luz de velas
Na secura dos lábios, ...meu côncavo em seu convexo
Na umidade dos desejos, no beijo
Na entrega na paixão, no fluir do sexo
O mistério de seu corpo se revela em meu
Nossos segredos de amor defraudam em nós
O silencio da entrega em magia, cor e luz
Então, transcendentalmente enlouquecidos
Ignorando as leis da física sobre a matéria
Etereamente nós tornamo-nos em um
Emergindo do âmago da plena alegria
Indiscutivelmente, somos amor...
(Irene Cristina dos Santos Costa - Nina Costa, 03/07/2011)
Publicado no Recanto das Letras em 03/07/2011
Código do texto: T3072926
NOVAMENTE SER...
Diante desta imagem a fitar-me nos olhos
E sem ver-me de fato
Apenas refletindo esse rosto triste
Que as marcas do tempo insistentemente
Tentam provar o que em mim existe
Não quero encontrar na superfície do ser as cicatrizes
Nem os calos da luta plantados na alma ...
Estou farto de não achar minha imagem de criança refletida no espelho
E ver apenas as rugas de uma existência camuflada em segredos e medos;
Aqueles olhos brilhantes que se apagaram;
Aquele sorriso pueril que se desvaneceu;
Aquele inocente existir que não me prova mais nada do que era eu ou sou.
Perdido no tempo e no espaço,
O aço do espelho não reflete mais minha casta imagem de criança...
Resta-me aceitar que envelheci, ou eclodir da crosta de minha matéria
E de novo ser puerilmente infantil...
Em minha liberdade insana, posso correr novamente descalço,
Brincar de conquistar mundos imaginários... ser feliz!
O espelho não me prende mais nas rugas tatuadas em minha pele
Sou livre para novamente ser...
(Irene Cristina dos Santos Costa - Nina Costa, 03/07/2011)
Publicado no Recanto das Letras em 03/07/2011
Código do texto: T3072774
E sem ver-me de fato
Apenas refletindo esse rosto triste
Que as marcas do tempo insistentemente
Tentam provar o que em mim existe
Não quero encontrar na superfície do ser as cicatrizes
Nem os calos da luta plantados na alma ...
Estou farto de não achar minha imagem de criança refletida no espelho
E ver apenas as rugas de uma existência camuflada em segredos e medos;
Aqueles olhos brilhantes que se apagaram;
Aquele sorriso pueril que se desvaneceu;
Aquele inocente existir que não me prova mais nada do que era eu ou sou.
Perdido no tempo e no espaço,
O aço do espelho não reflete mais minha casta imagem de criança...
Resta-me aceitar que envelheci, ou eclodir da crosta de minha matéria
E de novo ser puerilmente infantil...
Em minha liberdade insana, posso correr novamente descalço,
Brincar de conquistar mundos imaginários... ser feliz!
O espelho não me prende mais nas rugas tatuadas em minha pele
Sou livre para novamente ser...
(Irene Cristina dos Santos Costa - Nina Costa, 03/07/2011)
Publicado no Recanto das Letras em 03/07/2011
Código do texto: T3072774
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