No estreito quarto da imaginação
Dispo do pudor que me enclausura
Visto tua pele em meu corpo e amo
Experimento pouco à pouco essa loucura
Que ganha a avassaladora forma d'um vulcão
Diviso da realidade a espessura
E do sonho toda vastidão
Na inevitável erupção me inflamo
Diante do espelho a tatear co'a mão
Tua pele sobre a minha pele
Transpirando em mim a mesma emoção
Faço de ti minha secreta identidade
Deito sobre estrelas espalhadas pelo chão
Acordo desse transe molhada de purpurina
Será verdade ou pura obsessão?
Tua pele amontoada em um canto
E o desejo extasiado de ilusão
Cubro-me do pudor, a roupa de menina
Saio do estreito quarto da imaginação
"__ Viu minha pele por aí?
__ Sinto muito, amigo, não vi não!"
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