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domingo, 28 de março de 2010

Como e por que a oferta ou a escassez de água pode determinar o desenvolvimento econômico e a sustentabilidade de um lugar?

A oferta e/ou a escassez de água em determinada região pode ser preponderante para seu desenvolvimento, uma vez que a população da mesma, sem ter água suficiente para suas necessidades diárias, a exemplo do que ocorre na região mais severa e miserável do nordeste brasileiro, obriga o povo a se colocar sobre caminhões vulgarmente conhecidos pau de arara, migrando para outras regiões ( mais precisamente a região sudeste) em busca de melhores condições de vida. Isso porque a escassez de água devido as grandes temporadas de seca, impossibilita a manutenção de lavouras, não dando para plantar nem colher, e tudo o que se planta é certamente perdido. Em contrapartida, a incidência de chuvas excessivas na região sul e sudeste, tais como as ocorridas no final do ano passado (2009) e início do atual, na localidade de São Paulo, Rio de Janeiro (Norte Fluminense, mais especificamente) e Santa Catarina, afetaram e afetam as condições de sustentabilidade local uma vez que as cheias trazem destruição e perdas à população, às lavouras, e ao comercio. Doenças devido ao fato de a população entrar em contato com as águas contaminadas por esgoto, detritos e fezes de animais, ou seja, água sem tratamento. Assim, seja na escassez ou no excesso, o desequilíbrio prejudica a relação de sustentabilidade e o desenvolvimento econômico de determinado local. A seca do nordeste, indubitavelmente, faz dessa região um local desertificado e abandonado, a população não tem muita opção de vida, a não ser que migre para outras regiões. As enchentes nas regiões sul e sudeste trazem como consequências a necessidade de ações emergenciais de socorro à população que ao perder o pouco que tem, precisam de ajuda e socorro. A economia e a sustentabilidade, nesse caso tendem a ser um fator de menor importância, uma vez que o importante é sobreviver à tragédias que os acometem. Quem perde tudo numa enchente não vai se lembrar de ser sustentável, e vai necessitar de muita ajuda econômica, certamente. Isso pode ser constatado na mídia oficial,em todo o período de fortes chuvas nas regiões sudeste e sul. Já a seca do nordeste, pouco se fala, o cidadão nordestino vive esquecido, entregue à própria sorte.
Na Bahia, Fazenda Nova Canaã melhora a vida de famílias carentes o projeto desenvolvido pelo Bispo da Universal Crivella no final dos anos 90. O senador Marcelo Crivella adquiriu uma propriedade de 450 hectares no município, comprada com o dinheiro arrecadado com a venda do CD “O Mensageiro da Solidariedade”. Nascia ali o Projeto Nordeste.
Batizada de Fazenda Nova Canaã, a propriedade hoje conta com 150 funcionários. Alunos das escolas municipais têm aulas de educação física dentro da fazenda, com direito a piscina, quadra poliesportiva e campo de futebol. Além disso, famílias pobres residem ali. Há ainda um consultório médico e odontológico que atende, gratuitamente, cerca de 60 pessoas por semana.
No Centro Educacional Betel (CEB), a escola da fazenda, 500 crianças, com idades entre 3 e 11 anos, recebem quatro refeições diárias, kit de higiene, material didático e uniformes lavados e passados na lavanderia que funciona no local. Ainda levam para os pais e irmãos um saquinho de pães produzidos na padaria da fazenda.A propriedade auto sustentável conta com um moderno sistema de irrigação trazido de Israel, que retira água do subsolo e goteja ao pé das plantas, demonstrando que se houver um pouco de boa vontade, é possível melhorar a vida daquelas pessoas acometidas pela seca. Segundo o senador, “o Projeto Nordeste foi idealizado para ser um modelo de reforma agrária para o Brasil. Garantir educação de qualidade para crianças carentes, emprego e moradia a famílias pobres são esforços de cidadania que contagiam todos os brasileiros de boa vontade”, observando-se os princípios da sustentabilidade com produção para consumo próprio e sem causar maiores danos à natureza e ao meio ambiente.

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