Ele morreu...
( Por Irene Cristina)
A cidade estava acordando naquela pacata manhã em sua rotina de interior, o trabalhador despede-se de sua cama para o dia de trabalho, as crianças vão para a escola, a vida segue seu rumo...
Porém algo acontece e interrompe a calmaria daquele dia, e como toda má notícia corre mais que pensamento, logo chega ao conhecimento de todos, sem demora a cidade fica sabendo: “Ele morreu...”
O comentário corre de boca em boca e logo se faz conhecimento de todos na cidade, as escolas são fechadas porque ele morreu; como sinal de respeito ao protocolo e á etiqueta, a Prefeitura decretou luto na cidade porque ele morreu; os cidadãos ilustres, o comércio, tudo parou porque ele morreu...
Até que se reuniu um pequeno grupo de pessoas amigas e foi levar suas condolências e seu companheirismo a família, e também descobrir a razão da morte tão repentina.
Qual não foi a surpresa daquele eclético grupo de curiosos parado junto a casa dele, pois lá estava ele, sentado em sua varanda, calmamente aconchegado em sua cadeira de balanço, fazendo seu desjejum e olhando para a rua com aspecto sereno, mais vivo do que nunca...
Sem defunto ilustre e sem velório para “se ajuntar”, cada um retorna a sua rotina diária. E a vida segue seu caminho, o sol se põe sobre esse dia na pacata cidadezinha onde o “Gavião Cova” quase anuncia um defunto que não morreu...
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