conversando com irene

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

SER OU NÃO SER...

“SER OU NÃO SER”


Desde os primórdios da humanidade, quando o homem descobriu que seria capaz de produzir pensamentos, idéias, teorias que se desenvolveram no desenrolar da história, há uma preocupação embrionária e filosófica com relação à questão do “ser ou não ser”, de se fazer a diferença enquanto criaturas pensantes e produtoras de cultura. Muitas indagações se produziram então: quem sou?, de onde vim?, para onde irei?, das eternas e pungentes indagações humanas nasce a filosofia e esta, por sua vez, dá à luz à ciência... E a famosa frase Ser ou não ser, eis a questão (no original, To be or not to be, that's the question) vem da peça “A tragédia de Hamlet”, príncipe da Dinamarca, de William Shakespeare expressa essa necessidade humana pela auto identificação e pelo encontro com sua essência.
Encontra-se no Ato III, Cena I e é frequentemente usada como um fundo filosófico profundo. Sem dúvida alguma, é uma das mais famosas frases da literatura mundial. O verso, citado pelo personagem principal Hamlet, é o seguinte:

“ Ser ou não ser, eis a questão: será mais nobre
Em nosso espírito sofrer pedras e setas
Com que a Fortuna, enfurecida, nos alveja,
Ou insurgir-nos contra um mar de provações
E em luta pôr-lhes fim? Morrer.. dormir: não mais.
Dizer que rematamos com um sono a angústia
E as mil pelejas naturais-herança do homem:
Morrer para dormir... é uma consumação
Que bem merece e desejamos com fervor.
Dormir... Talvez sonhar: eis onde surge o obstáculo:
Pois quando livres do tumulto da existência,
No repouso da morte o sonho que tenhamos
Devem fazer-nos hesitar: eis a suspeita
Que impõe tão longa vida aos nossos infortúnios.
Quem sofreria os relhos e a irrisão do mundo,
O agravo do opressor, a afronta do orgulhoso,
Toda a lancinação do mal-prezado amor,
A insolência oficial, as dilações da lei,
Os doestos que dos nulos têm de suportar
O mérito paciente, quem o sofreria,
Quando alcançasse a mais perfeita quitação
Com a ponta de um punhal? Quem levaria fardos,
Gemendo e suando sob a vida fatigante,
Se o receio de alguma coisa após a morte,
–Essa região desconhecida cujas raias
Jamais viajante algum atravessou de volta –
Não nos pusesse a voar para outros, não sabidos?
O pensamento assim nos acovarda, e assim
É que se cobre a tez normal da decisão
Com o tom pálido e enfermo da melancolia;
E desde que nos prendam tais cogitações,
Empresas de alto escopo e que bem alto planam
Desviam-se de rumo e cessam até mesmo
De se chamar ação.[1]
(...) ”

Na imaginação popular a fala é pronunciada por Hamlet segurando uma caveira, embora as duas ações estejam longes de si no texto da peça. Também é importante observar que o príncipe não está sozinho no palco: Ofélia, Polônio e o Rei estão escondidos. Há ainda a dúvida debatida por editores de edições diversas sobre o fato de Hamlet ver ou não o Rei e Polônio. Caso ele realmente tenha visto, talvez tenha pronunciado indiretas através de suas metáforas.

Na música de composição de Leo Jaime “Rock Estrela” pode-se perceber que essa necessidade de saber-se continua tão latente quanto a necessidade de respirar, e povoa as razões humanas... quem sou eu? E quem é você? Não sei dizer, mas necessito ser ou não ser algo: ser flamenguista..., ser brasileiro(a)..., ser de esquerda, direita ou de centro..., ser especial para alguém... não ser, eis a questão...

Rock Estrela
Leo Jaime
Composição: Léo Jaime
Quem sou eu?
E quem é você?
Nessa história
Eu não sei dizer
Mas eu acredito
Que ninguém tenha vindo
Pro mundo a passeio...
De onde se vem?
Prá onde se vai?
Só importa saber prá quê
Prá quem?
Pois o destino
Transforma num dia
Um menino em herói de TV...
Um dia a gente se encontra
No meio do mundo
Depois a gente se perde
No meio de tudo
Yeah! Yeah!
Rock Estrela!
Rock Estrela!
Oh! Oh!
Rock Estrela!
Rock Estrela!
Yeah! Yeah! Yeah!
Quem sou eu?
E quem é você?
Nessa história
Eu não sei dizer
Mas eu acredito
Que ninguém tenha vindo
Pro mundo a passeio...
De onde se vem?
Prá onde se vai?
Só importa saber prá quê
E prá quem?
Pois o destino
Transforma num dia
Um menino em herói de TV...
Enquanto a gente pensa
Que sabe de tudo
O mundo muda de cena
Em menos de um segundo
Yeah! Yeah! Yeah!
Rock Estrela!
Rock Estrela!
Oh! Oh!
Rock Estrela!
Rock Estrela!
Yeah! Yeah! Yeah!
Oh! Oh! Oh!
Rock Estrela!
Rock Estrela!
Yeah! Yeah!
Rock Estrela!
Oh!
Rock Estrela!
Oh! Oh! Oh!
Rock Estrela!
Yeah! Yeah! Yeah!
Rock Estrela!
Yeah! Yeah! Yeah!
Por: Irene Cristina dos Santos Costa

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Passando por aqui, deixe seu comentário, elogio, crítica, opinião,... IRENE vai amar CONVERSAR com VOCÊ.