quinta-feira, 7 de julho de 2011
AINDA... (...) QUE...
Ainda que eu não saiba o porquê meu próximo ser como é,
Que eu que saiba amar sem questionar seus motivos.
Ainda que eu não entenda o propósito de todo o sofrimento,
Que eu saiba vencer as dores de cada momento existencial.
Ainda que eu não desfrute de todas as benesses da vida,
Que eu saiba agradecer as vitórias conquistadas com perseverança.
Ainda que o tempo passe sem que eu consiga retê-lo, e não consigo,
Que eu saiba envelhecer com graça de criança e sabedoria quem aprendeu viver.
Ainda que eu não venha realizar tudo o que pretendi pra mim,
Que eu saiba tirar de casa instante, o melhor que puder para ser feliz.
Ainda que eu não tenha explicações para todas as coisas,
Que eu saiba explicar a simplicidade de apenas ser quem sou:
Nas pequenas conquistas do dia a dia,
Nas relações cultivadas com amor,
Nas sementes de amizades plantadas coração dos que me acercam,
Nas palavras que não calei e tentei proferi nos momento certo,
Nos legados que deixarei aos que vierem após mim...
Assim, ainda que eu não pense todas as coisas do mundo...
Penso, logo existo, e minha existência ficará marcada sobre a terra como quem,
Entre muitas guerras tentou oferecer uma flor - uma rosa de Saron...
Ainda... (...) Que...
(Irene Cristina dos Santos Costa – Nina Costa, 07/07/2011)
Nina Costa
Publicado no Recanto das Letras em 07/07/2011
Código do texto: T3080454
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